sábado, janeiro 13, 2007

Is there SCIENCE in NATURE: Sexo diferente!

As edições desta semana da Nature e da Science têm dois artigos ligados a sexo que, como normalmente acontece quando o tema é sexo, são muito interessantes.

Na revista Nature pode ler-se “Draft genome sequence of the sexually transmitted Trichomonas vaginalis”. A palavra que me chamou a atenção para este artigo foi, como seria de esperar “vaginalis”. Segundo me foi indicado o nome deste parasita significa “não metas a mona (trachimonas) nessa vagina (vaginalis)”. Já pensaram como deve ter sido dura a vida dos tipos que deram nome a esta espécie. Imaginem só como será recolher material biológico. Deve ser o pior trabalho de campo que já existiu. Ter de investigar todas essas vaginas infectadas. Ou o pior de tudo… como esta doença também existe em homens… ter de investigar pénis podres!!!
Em mulheres a patologia originada pelo “não metas a mona nessa vagina” chama-se vaginite e em homens pode dar origem a uretrite ou prostatite. Trata-se de uma doença importante, principalmente em África, onde aparece em conjunto com outras doenças, e para além disso o “não metas a mona nessa vagina” têm uma estrutura celular muito interessante… mas a parte da recolha de material é de certeza muito desmotivante!


Na Science vêm o brutal artigo intitulado “Genetics and Bissexuality”. Para vos demonstrar a brutalidade deste artigo (baseado num outro publicado nos Proceedings of The Royal Society), aqui têm o resumo transcrito:

A population-genetic model indicates that if there is a gene responsible for homosexual behaviour it can readily spread in populations. The model also predicts widespread bisexuality in humans.

Muito basicamente, o que este artigo nos diz é que se a homossexualidade tiver uma base genética e se ser “algo gay” fornecer vantagens relativamente a indivíduos totalmente heterossexuais, o “alelo gay” será mantido na população. Noutro caso, se por exemplo o “alelo gay” levar à perda de fitness (que é a capacidade de um individuo produzir descendência, também ela capaz de se reproduzir) nos machos mas levar ao ganho em fêmeas, o “alelo gay” pode vir a ficar fixo na população – ou seja todos os indivíduos serem homozigóticos para este alelo. Tal levaria à difusão da bissexualidade (assumindo que a reprodução ocorre apenas por métodos naturais).
Por isso próxima vez que disseres: “Cada vez há mais!”, pensa bem, porque tu podes ser o próximo a entender a tua base genética!!!
PS.: Talvez isto seja o começo de mais uma série... em estreita colaboração com a Nature e a Science.

1 Comments:

Blogger Ant said...

N sejam assim mauzinhos.. Ha pessoas k estudam o proto Trichomonas vaginalis, inclusive sai no meu exame de protozooI. Mas se precisarem de info sobre parasitas inda mais nojentos falem cmg. Um abraço

14 janeiro, 2007 14:49  

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